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Itapevi, SP, Brazil
Sou uma mulher que convive com a artrite reumatoide juvenil desde os 07 anos de idade e não aceita que as pessoas se entreguem tão fácil a essa doença sem lutar ao menos para serem mais independentes. Esse blog é um espaço para as pessoas que querem me conhecer, fazer perguntas sobre minha vida com a artrite e também para as pessoas que precisam de uma palavra amiga! Sejam bem vindos visitantes e se quiserem saber alguma coisa ou precisar de alguma palavra amiga...Pode entrar, o blog é nosso! Deixe seu recado que responderei com prazer! Bjs, Malu

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mulher X AR, como lidar com essa relação?

No post de hoje vou tentar falar sobre uma relação delicada que é da mulher com a AR. Inicio com uma dúvida que a maioria das mulheres tem ou já tiveram: como será minha vida como mãe, como mulher e como esposa?

Eu já respondo: será como você quiser, como você deixar que seja!

Historicamente e socialmente, a mulher “nasceu para ser esposa e mãe” e quando temos um “defeito de fabricação” não correspondemos às expectativas da sociedade e muitas vezes dos próprios pais ou maridos, nos sentimos muito mal, parece até que é culpa nossa termos a doença!

Eu sei como é frustrante olhar uma roupa na vitrine, entrar, experimentar e perceber que não fica legal porque seu corpo é diferente, ir a uma loja de sapatos (paixão de todas as mulheres), ver aquele sapato maravilhoso de salto ou aquela bota linda pra usar no inverno e nem poder parar para experimentar, porque sabe, que não pode nem pensar em usar salto ou quando acha um salto que até dá pra usar, o pé não entra por causa das deformidades que surgiram...

Isso é uma das poucas frustrações, acredito que a pior delas para nós mulheres é quando entramos na parte afetiva... A mulher naturalmente tende a ser insegura quando conhece alguém ou sai com alguém pela primeira vez, imagine a mulher artrítica.

Eu posso dizer que durante muito tempo, me escondi por medo de ser rejeitada. Mas com o tempo fui me aceitando e assim percebi que quanto mais eu gostava de mim, mais era notada como mulher!

Esse medo da rejeição também acontece com mulheres casadas que iniciam a doença e começam a desenvolver os sintomas.
Todas ou a maioria sentem-se rejeitadas, isso é normal e acontece porque é muito difícil ver seu próprio corpo limitado, não poder fazer o que se fazia antes, sentir a mudança de algumas articulações, fora as dores de todos os dias.
Assim, acabamos acreditando que um homem jamais queira estar ao lado de alguém assim.
Puro engano nosso, pois apesar de a mídia pregar que só com beleza e corpos perfeitos seremos amadas e desejadas, não acreditem porque a maior beleza que podemos apresentar é a beleza da nossa alma que é percebida no brilho dos olhos! Outra coisa, os homens não são todos iguais e nem todos são insensíveis, eles apenas tem um jeito diferente do nosso.
Existem muitas mulheres casadas com homens maravilhosos que souberam entender e compartilhar a dor, as dificuldades.

A relação mulher X AR é complicada sim, em muitos aspectos, mas ao menos no quesito aceitação, podemos iniciar mudando o conceito de beleza, deletando os padrões impostos pela sociedade e a partir daí aceitarmos como somos e como estamos.
Não seremos menos amadas por nossos maridos porque temos limitações, e por incrível que pareça não seremos menos paqueradas, porque cada uma de nós tem algo que chama atenção, seja um brilho no olhar, um sorriso, etc!

O fator primordial para isso acontecer é se amar, se aceitar!

É um processo difícil, principalmente quando se tem AR na fase adulta e já com marido, pois qualquer desentendimento comum de casal passa a ser visto como rejeição e disso pode até resultar uma separação, às vezes nem por culpa do homem, mas nossa culpa, que às vezes achamos que o homem tem que adivinhar como nos sentimos, quando estamos com dor!

E as coisas não são bem assim, ninguém, marido ou esposa, é obrigado a adivinhar o que a outra pessoa sente. É aí que entra o diálogo, a cumplicidade e a humildade de chamar o marido, o noivo ou namorado e falar abertamente sobre a doença, sem medo, sem receios.

Só assim, compartilhando o que sentimos com quem mais amamos, poderemos nos sentir amadas, protegidas e aceitas, daí pra frente é procurar se adaptar com a nova vida, é literalmente renascer pra uma nova vida cheia de novos desafios entre eles, novas formas de sedução, novas formas de prazer, novas formas de ser feliz!

8 comentários:

venina disse...

malu e mesmo tenho artrite e sou super amada e respeitada por meu marido, quando casei eu ainda nao tinha ar ,mas a doença nao mudou em nada nosso relacionamento e sim deu mais força para sermos mais unidos ,temos sim algumas discuçoes normal de casal mas ele nunca citou minha doença como motivo ,fiz cirurgia ate banho ele me dava ,me carregava , sem reclamar, contei ao meu medico q meu marido tinha q fazer tudo isso pq nao dei conta de andar de muletas sentia muita dor debaixo do braço ele riu e me falou DEUS FAZ tudo certo toda panela tem sua tampa.nos sempre saimos e eu tento ter uma vida normal, sem muitas reclamaçoes , malu ja temos 10anos de casado e 4 convivendo com ar e me sinto protegida e amada.

Malu Sobreira disse...

Oi Venina, que lindo seu depoimento!
Vou até mandar pras outras mulheres do orkut!
Eu sempre acreditei e acredito que quando existe amor, todos os obstáculos são superados!
Parabéns pelo seu casamento,pelo seu amor e união!!!

Anônimo disse...

gostei venina meus parabens por ter uma vida de superação.cleuma

Anônimo disse...

OI MALU DESCULpe a ausencia pois estive internada,com um crise ar em alta. bjos cleuma

Anônimo disse...

malu que vc tenha uma otima recuperação.bjo cleuma

Malu Sobreira disse...

Oi amiga, senti mesmo sua falta, mas vc está melhor?
Espero que continue a dar notícias!

bjs

Anônimo disse...

Nossa Malu,Li seu Post,e amei.
Então Malu,tenho 29 anos,tenho AR deis dos 18 Anos.
E Nesse tempo aí.muitas coisas já aconteceram!
Olha deis de q começou minha AR,eu já namorava,me casei a 7 anos,quer dizer somando aí estou junto com meu marido a 12 anos,e assim digo a vcs,a cada dia sinto q nosso amor cresce e cresce viu,tenhu um marido de ouro,graças a Deus,então acredito q como o medico da Venina disse cada tampa tem sua Panela,e tem mesmo.Não devemos nunca achar q n podemos ser amadas.Bjus a vc...Rose

Malu Sobreira disse...

Oi Rose, benvinda ao blog!

Obrigada por suas palavras. Elas são muito preciosas especialmente para mostrar que nós com AR, antes de tudo somos mulheres como qualquer outra e que podemos sim ser amadas e desejadas e pessoas como vc, a venina e outras que conheço são provas reais disso!

Obrigada e apareça sempre!

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